História: Como os reinos se tornam impérios
As cidades-Estado começaram a criar colônias para ajudar no controle das terras mais distantes, e essas colônias vão crescendo e se tornando em cidades. E o comércio começa a se desenvolver entre uma ou mais cidades de uma mesma região. Até aqui você acompanhou, certo?
Bom, daqui para frente, em vez de um governo centralizado, temos um país, com extensões de terras grandiosas, e muitas províncias submetida à capital, que antes era apenas uma cidade, agora era um conjunto de cidades.
Aliás, as cidades se desenvolvem facilmente quando um país cresce. A capital se torna superpopulosa, e mesmo a grande produção agrária feitas em todo o reino não são mais capazes de sustentar toda a população, já que agora muitas tem de produzir também para o sustento das próprias colônias também, e para a sua administração.
Então, boa parte das populações que vivem no ambiente próximo a capital do novo país começam a ser obrigadas a tentar a vida em outras partes menos populosas, onde não haja tanta gente, para pouca terra e comida. Isso é, quem tem o direito de fazer isso, né, por que a grande maioria de trabalhadores pobres eram servos da terra, pertenciam à terra, e não podiam sair de lá por vontade própria.
Então, aqui e ali, entre uma cidade e outra, ou perto das colônias, o rei permite a criação de uma feira, ou de um mercado. Tudo devidamente taxado e controlado, já que todo comércio é extremamente centralizado e controlado.
Foi assim que, séculos antes de cristo, os gregos começaram a sair das regiões próximas da capital grega, e a se instalar no sul da Itália. Por muitos anos, eles foram se instalando e ocupando regiões cada vez maiores dessa parte da Itália, e lá estando, começaram a comercializar com os povos que já viviam lá. E das regiões onde ocorriam os transportes de mercadorias que iam e voltavam entre os etruscos e os gregos, algumas cidades começaram a surgir, numa região denominada como Lacio. Uma dessas cidades foi Roma, que passou a crescer e a se desenvolver com tanta força, e foi engolindo as cidades em volta, expulsando os reis etruscos de sobre si, e tornando-se ela mesma um reino, e posteriormente um império.
Isso, claro, milênios depois dos tempos das cidades-Estado, das primeiras civilizações. Os relativamente escassos dados que temos sobre os reinos Sumério, Acádio, Minoico, Egípcio, etc... datam em torno de 3000 a.C. Quando as informações começam a ficar mais precisas, e os Estados produzem mais documentação por meio da qual os historiadores conseguem tirar conclusões, já estamos lá para o segundo ou o primeiro milênio antes de cristo. A própria colonização da Grécia sobre a Península Itálica é estimada em torno dos 800 antes de cristo. Mas é para cá, nesses novos milênios, que os reinos começam a se expandir em impérios.
Qual a diferença entre um reino e um império, você sabe?
O império, é uma espécie de reino que está em expansão. Suas tropas dominam mais e mais territórios, conquistam cidades e colônias que pertencem a outros povos, e passam a se beneficiar das suas produções, isso é um império. E quando um reino já expandiu muito, e tudo o mais que existe a ser conquistado já pertence a outros países, é que um reino se torna em um império.
O império precisa continuar crescendo, precisa continuar absorvendo territórios, principalmente, por que um império cresce na capital da mesma forma em que cresce no resto da extensão do território. A população cresce desenfreadamente, novos territórios exigem mais mão de obra para construir, plantar, pescar, administrar. E é com terras que se sustenta toda essa gente.
As tropas agora precisam ser muito mais numerosas, por que agora não apenas marcham para conquistar outros reinos, como precisam proteger as vastas fronteiras do que já dominaram.
O crescimento do império é bem vindo, mas descontrolado, e a extensão desse território tem de continuar crescendo, ou ele pode desaparecer a qualquer momento.
Você quer saber como que um império desaparece? Na próxima conversa você vai ver que temos mais em comum com os tempos antigos do que imaginamos.
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