Filosofia: A divisão entre o pensamento materialista e idealista/essencialista
Todo professor de Filosofia que já teve cinco minutos de aula, usou esses cinco minutos para fazer uma breve introdução a filosofia de Platão. É praticamente o verbo To Be, da Filosofia. É tão icônico que é usado como base para explicar as ideias do professor de Platão, chamado Sócrates.
Ocorre que as correntes de pensamento dentro da Filosofia se dividem em mais partes do que o Império Romano, mas existe uma linha que a divide praticamente no meio, que é a linha entre o mundo das ideias e o mundo das coisas. Divisão entre pensamento materialista e idealista/essencialista. E é dessa divisão em especial que trataremos hoje.
Platão compreendia que tudo o que existe, existe de duas formas. Primeiro, da forma ideal, essencial, como as coisas são compreendidas pela nossa mente, as característica e categorias as quais a classificamos e como a nossa ciência oficialmente a reconhece. Segundo, da forma material, ou seja, da forma que aquilo existe por si só, sem interferência do ser humano, sem a influência da nossa forma de pensar
É um pensamento muito simples, se não parar para refletir sobre isso, mas vejamos de perto o exemplo mais polêmico, que ja causou livradas agressivas na sala de professores, que já causou fim de amizades, e bloqueios em mídias sociais.
Um homem é um ser livre. Ele tem raciocínio logico, discernimento, capacidade de pensamento critico e de opinião. Mas ele também é um animal, possui instintos, necessidades, desejos.
Quando uma filosofia tenta decidir sobre a conduta desse mesmo homem, tenta pender para um desses lados. Se é materialista, dirá: O homem é mau, por que vive em situação critica, sempre sendo desafiado, sempre lutando para sobreviver, e a agressividade é não mais que um instinto de defesa, que não pode ser julgado, apenas entendido e tratado.
Agora se é essencialista, dirá: A maldade do homem não está no ambiente a sua volta, na sua experiência ou no seu corpo. A maldade é uma questão de decisão. Se o homem escolhe a maldade, é por que a maldade está embutido nele, em sua natureza. Ele é incapaz de escolher o oposto.
A diferença entre ambos é que a origem das coisas, a real importância na existência do mundo está no objeto de a ser observado, ou na capacidade de observação do observador.
Você mesmo faz essa distinção diariamente. Quando vê algo que considera errado, você trata de decidir qual a forma correta de ser, ou tenta entender como aquilo se tornou o que é?
Pense nisso, você nas coisas que não aprova em si mesmo(a)
Você acredita que que você é o que é por que decidiu, ou por quê suas características estão impressas na sua essência, ou por que você foi levado a ser assim por sua experiência, pela influência exterior, por associação?
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