História: O nascimento dos primeiros Estados
As primeiras civilizações do mundo nasceram em torno de grandes rios. Talvez sociedades dessa época tenham nascido em tornos de quase todos os rios, mas são precisos grandes rios para sustentar cidades com proporções tão grandiosas como as que vamos estudar aqui.
Se você está acompanhando a nossa viagem pelo tempo, e viu como foi a Revolução Neolítica e a Idade da Pedra, você deve já ter uma ideia do porquê os rios são tão importantes. Se você ainda não viu, eu aconselho conferir. Não é legal pegar uma historinha a partir do meio!
Bom, grandes civilizações se desenvolveram em várias partes do mundo, mais ou menos pelo mesmo período ao redor do mundo, como por exemplo Vale do Indo, que fica um pouco mais a Leste da Mesopotâmia, na direção a índia, além de o Egito Antigo, com o Nilo, as primeiras civilizações chinesas, em torno do Rio Amarelo, A civilização Minoica, da ilha de Creta, ao sul da Grécia, e até mesmo a civilização do Caral, isolada de todas as outras no litoral do Peru, aqui na América.
Mas vamos começar aqui com as civilizações da Mesopotâmia, favoritas entre as outras civilizações, para a maioria dos historiadores, talvez por estarem localizadas no mesmo local onde acreditam algumas grandes religiões, que Deus criou os homens: O Jardim do Éden.
O mais interessante aqui é identificar as conexões com o passado relacionado na Revolução Neolítica, e analisar o crescimento das tendências que existiam naquela época.
As vilas haviam crescido e assimilado umas as outras, e se centralizado por fim no formato de Cidades-Estado, países entre muros, com grandes territórios circundantes, para produção agrária. Ou de forma mais simplificada, um país de penas uma cidade.
A maior parte da produção era agrária, vastas plantações para alimentação básica para uma multidão de serviçais e escravos que movimentavam o país, como trigo, por exemplo. Era aí que entrava a presença dos grandes rios, onde técnicas de irrigação foram criadas para estender o território de plantio.
Com o crescimento das cidades, produtos e materiais tinham de ser trazidos e levados a maiores distâncias, técnicas já existentes de navegação eram desenvolvidas para suprir mais rapidamente vastas regiões do reino pelos rios, e até mesmo para comercializar com cidades próximas
As religiões se desenvolviam na medida em que os homens observavam melhor a natureza, as forças do tempo e as estrelas. Davam nomes e proporções divinas ao que não compreendiam, como o sol, a tempestade, as chuvas, etc...
Criavam noção de tempo baseada no calendário cíclico do plantio, primavera, inverno, dividindo os anos em três partes: tempo de plantar, tempo de colher, e o temido tempo onde nada crescia.
O poder era extremamente centralizado. Um só homem, ou conjunto de homens, concentrava o poder militar, religioso, político, e comercial de todo o país. Na maioria dos casos, um deus vivo, como é o caso do Faraó.
No centro da cidade havia geralmente uma estrutura de proporções divinas para a população, chamada de Zigurate. O centro de todos os poderes, palácio do deus-rei, o local para onde todos os recursos, produzidos eram levados, para depois serem redistribuídos para a população, em grande maioria, composta por escravos. Ali também eram desenvolvidas as leis e decretos, e organizadas e decididas iniciativas militares e comerciais, e a cima de tudo, era representado o verdadeiro poder e a glória daquela civilização. A Torre de Babel é um ótimo exemplo de um Zigurate que servia como bandeira. Este é chamado por Marx, como o Modo de Produção Asiático, mas aqui definido de forma bem resumida.
Ao longo do tempo, as extensões de territórios se tornam tão grandes, que essa centralização não é mais possível. Carregar grãos e dinheiro de tão longe deixa de ser prático, e é aí que, que as cidades-Estado se tornam países, e em alguns casos até em impérios, como veremos nos próximos capítulos!
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