O que estuda a Aracnologia

O que estuda a Aracnologia

É denominada Aracnologia a área da Biologia que se ocupa com o estudo da classe dos aracnídeos (aranhas, escorpiões, tarântulas, opiliões, ácaros, entre outros), desde a morfologia até o comportamento dessas espécies. O profissional dessa área é chamado aracnólogo e sua principal função é classificar os organismos dessa classe. As aranhas foram os primeiros organismo dessa classe a serem estudados, daí o nome aracnologia.

A classe dos aracnídeos conta com um bom número de espécies, cerca de 60.000, e exatamente por isso, classificar tais organismos não é uma tarefa simples. Além disso, espécies distintas podem apresentar características muito idênticas, ao passo que seres da mesma espécie podem não ser visualmente parecidos, o que também dificulta o trabalho de classificação. Na maioria dos casos só há a possibilidade de se fazer a diferenciação de espécies de aracnídeos através do microscópio.

Estima-se que mais de 40.000 espécies de aracnídeos tenham sido catalogadas ainda pelo entomólogo e aracnólogo Carl Alexander Clerck, há aproximadamente 250 anos. Estudiosos frequentemente descobrem espécies em campo e as armazenam para uma posterior classificação, numa forma de coleção. Inúmeras dessas coleções são guardadas durante décadas ou mesmo séculos.

Os aracnídeos possuem quatro pares de patas acopladas ao cefalotórax, que é coberto por uma carapaça de quitina, um par de pedipalpos, um par de apêndices, abdome indefinido, além de não possuírem antena. Respiram por filotraquéias, e em algumas espécies menores a respiração é cutânea.

Os seres da classe dos aracnídeos são, na maioria dos casos, carnívoros, e todos desempenham papel de predador na cadeia alimentar. Alguns são dotados de glândulas inoculadoras de veneno, que tem a função de imobilizar ou matar as presas, facilitando a predação, como é o caso de escorpiões e aranhas.

Os venenos de escorpião e aranha tem efeito nocivo aos seres humanos, e muitas vezes até letal. No tratamento de indivíduos acidentados com tais animais, são ministradas doses de soro antiescorpiônico e antibotrópico, respectivamente. Tais soros são produzidos utilizando o próprio veneno, mais especificamente dos anticorpos produzidos por animais (como cavalos) após terem sido submetidos a uma determinada dose do veneno.


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