O Arcadismo foi um período literário que se estendeu de meados do século XVIII até o final do século XIX no Brasil. Também conhecido como neoclassicismo, o Arcadismo teve influência do movimento literário europeu da época, que valorizava a razão, a ordem e a simplicidade. Os escritores desse período buscavam uma linguagem simples e direta, inspirada nos clássicos greco-romanos, e valorizavam temas como a natureza, a pastoral e o amor.

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Os escritores do Arcadismo brasileiro se organizaram em academias literárias, como a Arcádia Ultramarina, a Arcádia Lusitana e a Arcádia Brasiliense. Nelas, os escritores se reuniam para discutir poesia, prosa e outros temas literários. A literatura arcádica era, em geral, produzida por escritores brancos e pertencentes à elite colonial, que buscavam se diferenciar da produção literária popular da época.

Entre os principais escritores do Arcadismo brasileiro, destacam-se Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga e Basílio da Gama. A obra mais conhecida do período é "Marília de Dirceu", de Tomás Antônio Gonzaga, que conta a história de um jovem poeta que se apaixona por uma pastora chamada Marília.

O Arcadismo brasileiro teve uma importância significativa na consolidação da literatura nacional. Os escritores desse período buscaram criar uma literatura que fosse reconhecida como genuinamente brasileira, ao mesmo tempo em que valorizavam as raízes clássicas da literatura ocidental. A linguagem simples e direta, a valorização da natureza e a temática amorosa, presentes na literatura arcádica, continuaram a influenciar a produção literária brasileira nos séculos seguintes.