Gregório de Matos Guerra (1623-1696) foi um importante poeta e escritor brasileiro do período colonial, conhecido como o "Boca do Inferno". Nascido em Salvador, na Bahia, Gregório de Matos teve uma vida conturbada, marcada por problemas com a justiça e pela sua irreverência e crítica social em seus textos.

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Formado em Direito em Portugal, Gregório de Matos retornou ao Brasil e se estabeleceu em Salvador, onde se tornou um dos principais poetas barrocos da época. Sua obra, marcada pela irreverência, pelo sarcasmo e pela crítica social, tratava de temas como a corrupção, a hipocrisia religiosa e a vida mundana.

Gregório de Matos teve diversos problemas com a justiça, tendo sido preso em várias ocasiões por seus escritos considerados ofensivos pelas autoridades. Suas críticas à Igreja Católica e à sociedade colonial, muitas vezes feitas de forma satírica, lhe renderam a alcunha de "Boca do Inferno". Mesmo assim, sua obra teve grande influência na literatura brasileira, sendo considerada uma das mais importantes do período colonial.

Entre as obras mais conhecidas de Gregório de Matos estão "Sermões", "Obras Poéticas", "Marília de Dirceu" e "Cartas Chilenas". Sua poesia, que misturava elementos da cultura popular com a tradição literária europeia, é considerada uma das mais importantes da literatura brasileira e sua linguagem, ainda que repleta de arcaísmos, é um dos principais registros da língua portuguesa no Brasil do século XVII.

Gregório de Matos faleceu em Recife, em 1696, aos 73 anos. Sua obra, controversa e provocadora, continua a ser estudada e apreciada até hoje, sendo considerada uma das mais importantes da literatura brasileira e um testemunho da história e da cultura do país.