Archaea
Há cerca de 40 anos, aproximadamente, alguns pesquisadores na tentativa de entender como surgiram os animais, em que condições apareceram e como sobreviveram às sabidas condições desfavoráveis do início dos tempos na Terra, isolaram muitos exemplares de organismos procarióticos em diferentes habitats inóspitos (oxigênio, temperatura, salinidade e pH muito alterados). Estes cientistas acreditavam que estavam diante de verdadeiros “fósseis vivos”, diante dos primeiros seres vivos do planeta, acreditavam ainda que possivelmente tenha sido a partir destes organismos que evoluíram as bactérias que conhecemos hoje em dia. Dessa maneira é fácil entender a denominação que este grupo de organismos levou: Archaebacteria.
Em 1977, aproximadamente, o cientista Carl Woese e sua equipe passaram a expor seus trabalhos comparativos de sequências de DNA de diversos organismos. Com isto, classificaram em apenas 3 grandes grupos (ou domínios) todos os organismos conhecidos até então: Bacteria, Archaea e Eukarya. E contrapondo o que se acreditava há 40 anos, as arqueobactérias não originaram as bactérias atuais, mas derivaram do mesmo ancestral comum que elas. Logo o termo “arqueobactérias” foi empregado indevidamente, já que significa “bactéria primitiva”. Para ilustrar o que Carl e sua equipe estavam tentando expor, observemos a árvore filogenética abaixo:
Note que Archaea não está em posição de originar Bacteria. Todos derivam de um mesmo ancestral comum, representado pela cor amarela. Muitos estudos concluíram que as Archaea tem características sim de Eukarya e também de Bacteria, porém não deixam de ter características únicas, peculiares. Por isso estão em grupo separado dos demais e atualmente recebem esta nomenclatura apenas. Algo que ainda não foi totalmente esclarecido acerca deste domínio, é o motivo de serem extremófilas (e como suportam?), ou seja, viverem em condições adversas extremas (altíssimas temperaturas, salinidade extrema, pH, entre outros meios).
Sempre tentando “arrumar” a classificação, os cientistas subdividiram este domíno em cinco filos: Crenarchaeota, Thaumarchaeota, Nanoarcheota, Euryarchaeota e Korarchaeota.
Esse domínio tem algumas características interessantes e marcantes. Uma delas é a produção de energia a partir de luz. Conseguem isto graças à presença de uma estrutura celular denominada bacteriorrodopsina.
Referências:
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