Língua Portuguesa: O que é Sujeito Oculto

Língua Portuguesa: O que é Sujeito Oculto

O sujeito oculto ou elíptico ocorre quando não está presente na oração, mas pode ser identificado pelo contexto. Também pode ser chamado de sujeito subentendido, desinencial ou implícito.

Veja também: Novíssima Gramática da Língua Portuguesa: Edição com gabarito


O sujeito oculto pode ser identificado das seguintes maneiras:

a) através desinência verbal – Como sabemos, o sujeito concorda com o verbo em número e pessoa. Desta forma, podemos deduzir o sujeito não expresso de 
uma oração pela desinência do verbo, como nos mostram os exemplos abaixo:

- Dormiu até tarde. (ele) 

- Caímos de bicicleta. (nós)

- Fui na festa ontem à noite. (eu)

Nos exemplos acima, as orações possuem sujeito, porém, eles não são
expressos. No entanto, podemos deduzi-los, já que os verbos nos dão “pistas” do sujeito. Na primeira oração, o verbo dormir está conjugado na 3ª pessoa do singular. Assim, o sujeito, que não está expresso é “ele”, ou seja, a 3ª pessoa do singular. O mesmo acontece com a segunda oração. Como podemos perceber, o verbo está conjugado na 1ª pessoa do plural. Deste modo, podemos concluir que o sujeito oculto é o “nós”. Por fim, na terceira oração ocorre a mesma situação, já que o verbo está conjugado na 1ª pessoa do singular e, com isso, podemos deduzir que o sujeito é a 1ª pessoa do singular, ou seja, “eu”.

b) Através da identificação do sujeito em outra oração no mesmo período ou em um período próximo – Muitas vezes o sujeito não é expresso em uma ou mais orações para o texto não ficar repetitivo. Porém, o sujeito provavelmente é expresso em outras orações do mesmo período ou em períodos próximos àqueles sem sujeito expresso.

Ex.:

- Neste fim de semana, Carla dançou, foi à praia, cantou, passeou com as amigas e foi ao cinema.

No exemplo acima, o sujeito está expresso apenas na primeira oração. Nas orações seguintes o sujeito (Carla) está oculto, mas podemos deduzi-lo a partir das orações precedentes.


Referências: 

CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. 41 ed. São Paulo: Editora Nacional, 1998.

SOUZA, Jésus Barbosa de; CAMPEDELLI, Samira Youssef. Minigramática. 2 ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2000.

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