Língua Portuguesa: Orações Subordinadas Adjetivas e Adverbiais
Orações subordinadas adjetivas e Adverbiais
Vamos falar primeiro das sentenças ou orações subordinadas adjetivas que se relacionam a um nome (substantivo ou pronome) presente na sentença principal, por intermédio do pronome relativo.
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Vale destacar que as referidas orações desempenham a função de “adjunto adnominal”, dividindo-se em:
Orações restritivas: restringem a significação do nome a que se referem (especificando-o) e, por isso, são indispensáveis à compreensão dos enunciados:
- O ser humano que não pratica atividade física vive menos
Veja: Não são todos os seres humanos que viverão menos, mas somente aqueles que não praticam atividade física.
Orações explicativas: agregam uma característica acessória ao nome a que se referem e, por isso, são dispensáveis à compreensão do significado essencial do enunciado:
- O ser humano, que se diz racional, é capaz de cometer atrocidades.
Note que a inserção da oração adjetiva, sinalizada pela vírgula, tem por propósito explicar o termo anterior “seres humanos”, conferindo-lhes uma característica que é indistintivamente inerente a eles. Nesse sentido, a oração adjetiva explicativa tem valor acessório, já que se poderia dizer “O ser humano é capaz de cometer atrocidades”. Porém, ao ser empregada, nesse caso, cumpre com o objetivo de questionar de forma irônica algo que é fato: a racionalidade humana.
Passemos a falar sobre as Orações Subordinadas Adverbiais
As sentenças ou orações subordinadas adverbiais, ao exercerem a função de adjunto adverbial,indicam as circunstâncias, em que ocorreram o fato verbal presente na oração principal. As orações supracitadas se classificam consoante à ideia expressa [sugerida, em sua maioria, pelo próprio nome da conjunção] pela conjunção que as conecta:Temporal:
- Eles só fizeram as pazes, depois que o mal entendido foi esclarecido.
Mais exemplos: quando, enquanto, assim que, desde que, até que...
Conformativa – definição de como foi feito algo:
- Ela fez as correções, conforme as orientações de sua professora.
Outras conjunções: consoante à, segundo, como.
Causal:
- Não foram ao show sertanejo porque choveu muito.
Mais conjunções: uma vez que, já que, como, visto que...
Condicional:
- Irei ao supermercado hoje se for preciso.
Outros exemplos: a menos que, desde que, sem que, contanto que...
Consecutiva – indicação de consequência:
- O sistema implantado pela empresa mostrou-se ineficiente, de modo que teremos de revê-lo.
Mais conjunções: de maneira que, tão/tanto/tal/tamanho que...
Comparativa:
- Ele nada como um peixe.
Outros exemplos: como, mais/menos/maior/menor que...
Final:
- Confio a Vós a minha dor, a fim de que me conforte.
Outras conjunções: para que, que...
Proporcional:
- À medida que as férias vão chegando, as pessoas vão se animando.
Mais exemplos: à proporção que, quanto mais... mais, ao passo que.
Concessiva:
- As vendas, relativas ao setor de cosméticos, permanecem em alta, embora o país esteja em crise.
Note que a oração acima contém dois fatos:
Fato 1: As vendas do setor de cosméticos permanecem em alta.
Fato 2: O país está em crise.
O fato 2, que consiste em um argumento real, poderia impedir que o fato 1 acontecesse: a crise, teoricamente, impede o crescimento do setor comercial. Porém, não o fez.
Outros exemplos: ainda que, mesmo que, conquanto.
Para concluir: As sentenças subordinadas, como a própria nomenclatura sugere, são as orações que se subordinam a outras (às chamadas “principais”), complementando-as. Vale reiterar que as orações principais e as subordinadas se unem, por serem dependentes entre si, por meio de uma conjunção.
BRASIL. Casa Civil da Presidência da República. Manual de Redação da Presidência da República. – Brasília: Presidência da República, 2002. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm>.
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