História: A invasão de Anibal em Roma
Já ouviu falar de Aníbal, General de Cartago, que invadiu Roma por um lado e saiu pelo outro?
Pois é. Cartago era um império cuja a capital de mesmo nome, ficava no norte da Itália, e disputava o domínio sobre o mundo conhecido contra os romanos, a volta do mediterrâneo. Eram de cultura fenícia, e por isso os romanos os chamavam pela sua forma latina, de púnicos. Essa foi a segunda das três Guerras Púnicas, e ela começa com Aníbal, aos seus 25 anos, tomando o domínio das tropas depois da morte do general anterior, na fronteira do seu território com o território dominado por Roma, na região da península Ibérica.
Depois de um desentendimento nas fronteiras, ele atacou uma cidade protegida por Roma, dentro do próprio território de Cartago, e o governo de Cartago declarou guerra contra o império.
Mas há um problema ao invadir o império romano. Os Alpes, uma cadeia de montanha que separa a Itália do resto da Europa. Os romanos sabiam que os cartagineses não iam tentar a sorte contra a sua marinha, então enviaram suas tropas dando a volta nas montanhas, para enfrenta-los na região da França e Alemanha, onde controlavam a maioria dos povos celtas e gauleses. Aníbal, no entanto, fez a última coisa que os romanos imaginaram que faria. Juntou seus quase cem mil soldados, cavaleiros, seus 38 elefantes de guerra, e foi acompanhando o litoral do Mar mediterrâneo até chegar nas montanhas, e passou com todo o seu exército pelos Alpes, evitando as tropas romanas que ficaram ao norte, esperando pelo combate.
Foi uma passagem difícil, a logística de provisões quase não aguentou, e apesar de conseguir convencer povos nativos a se rebelarem contra os romanos, se juntando aos seus números, milhares de soldados, cavaleiros e a maioria dos seus elefantes foram perdidos. Mas quando ele chegou do outro lado, dentro do Norte da Itália, ele chegou quase que ao mesmo tempo que as mensagens que avisavam da sua aproximação.
Os romanos foram pegos de surpresa naquela região, e dali, em direção ao sul Aníbal foi seguindo, aplicando suas lendárias e brilhantes estratégias de combate contra os romanos, derrubando consul atrás de consul rumo À capital. No entanto, Aníbal estava isolado bem no meio do território romano, sem poder receber reforços ou recursos da capital, e concluiu que, apesar de os Romanos não conseguirem derrota-lo em combate frente a frente, não seria capaz de tomar a capital, então decidiu por fazer uma guerra mais política do que militar.
Desceu em direção ao sul de Roma, tomando cidades importantes, derrubando fortalezas, tomando depósitos de suprimentos e tentando convencer os povos submetidos a Roma, de que os romanos não mais os podiam proteger. Ele não tomaria a cidade, mas faria com que deixasse de ser um império.
Não deu muito certo, por que não foram muitas as cidades que se uniram a ele. Depois de algumas derrotas, ele decidiu descer até a Sicília, uma ilha bem no meio do mediterrâneo, ente Roma e Cartago, que foi o objetivo militar da primeira guerra púnica. De lá, ele continuou travando guerras por vários anos.
Até que em 202 a.C, os romanos decidiram enviar um exército para Cartago, para ameaçar a capital e forçar Aníbal a se retirar de Roma. O governo de Cartago enviou ordens para que Aníbal voltasse para defender a cidade, e Aníbal foi. No entanto ele havia estudado o território de Roma, e suas estratégias por toda a sua vida, não havia sido preparado para lutar em sua própria terra. Lá em Cartago, tentando defender as plantações que alimentavam a cidade, ele foi vencido, e a Segunda Guerra Púnica chegou ao fim.
Com a derrota e a influência de Roma, ele foi exilado de sua cidade, e buscou abrigo nas cortes de vários outros reis, até que por meio de um acordo político, Roma exigiu que um rei o entregasse, e antes que pudesse ser transferido aos romanos, cometeu suicídio.
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