Quem foi J.D. Salinger
J.D. Salinger (1919-2010) foi um escritor norte-americano. Sua grande realização foi a criação do personagem Holden Caulfield, um adolescente desajustado protagonista e narrador da obra "O Apanhador no Campo de Centeio” (1951).
Jerome David Salinger conhecido como J.D. Salinger, nasceu em Nova York, nos Estados Unidos, no dia 1 de janeiro de 1919. Filho de um judeu de origem polonesa e de uma escocesa, viveu sua infância na Park Avenue, em Manhattan. Começou a escrever ainda na escola secundária. A partir de 1940 publicou diversos contos. Estudou durante três anos na Academia Militar de Valley Forge. Em 1942, serviu na Segunda Guerra Mundial. Terminado o conflito, entrou para a Universidade de Columbia.
J.D. Salinger foi um exímio contista, capaz de profunda observação social em poucos traços. Seus personagens se expressam com um coloquialismo que poucos escritores alcançaram. Ele pertence a um restrito grupo de autores cuja assinatura se imprime não só no campo literário, mas na cultura de seu tempo. Sua grande realização foi o personagem Holden Caulfield, um adolescente desajustado, protagonista e narrador da obra “O Apanhador no Campo de Centeio” (1951), do original “The Catcher in the Rye”.
O livro foi considerado um ícone da geração dos anos 60. O personagem Holden Caufied era inquieto, desconfiado da autoridade adulta, mas igualmente deslocado entre os colegas de sua idade. Não encontrava nenhum sentido na vida por viver preso a instituições tradicionais como a família e a escola. Sua inquietude e sua revolta sem objeto anteciparam a cultura jovem contestadora das décadas seguintes.
Depois do livro que o consagrou com um dos maiores escritores norte-americanos, publicou só mais três livros - “Nove Estórias” (1953), “Franny & Zooey” (1961), "Carpinteiros, Levantem Bem Alto a Cumeeira e Seymour: uma Apresentação" (1963). Uma das poucas declarações que fez à imprensa foi para justificar seu esforço para impedir a publicação de uma coletânea de contos não autorizada, em 1974. "Há uma paz maravilhosa em não publicar, a publicação é uma invasão da minha privacidade", disse a um repórter.
J.D. Salinger deu voz à sua geração e depois escolheu se calar. Seu isolamento teve início em 1953, quando o escritor, até então vivendo em Nova York, se mudou para Cornish. Segundo uma antiga amante, Salinger falava de dietas estranhas, de tratamentos homeopáticos e de uma confusa devoção às mais variadas religiões, da cientologia ao zen-budismo. Por mais de quarenta anos, viveu recluso, sem publicar novos livros.
J.D. Salinger faleceu em Cornish, no estado de New Hampshire, Estados Unidos, no dia 27 de janeiro de 2010.
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