Escola Filosófica dos Milésios
A definição mais conhecida dada aos Milésios foi criada por um dos filósofos mais influentes da Grécia antiga, Aristóteles.
No início de sua obra, "Metafísica", o pensador cita-os como "os filósofos primeiros", pois não recorriam aos mitos para explicar os fenômenos, mas enfrentavam tais questões utilizando a razão. Assim, Aristóteles indicou que a filosofia inicia-se quando se troca explicações míticas por explicações racionais, recusando a utilização do fantástico e do provável.
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Entre os filósofos Milésios, podemos citar Tales, Anaxímenes e Anaximandro, todos contribuíram de forma efetiva para a formação de uma nova maneira de pensar a filosofia. A escola filosófica de Mileto (atualmente uma cidade da Turquia), formou-se devido a acontecimentos na Ásia Menor. Tais episódios ocorreram entre os séculos VI e IV a. C. pois Mileto ficava bem localizada e se desenvolvia nos campos da tecnologia e economia. Apesar disso, a região acabou sendo ocupada pelos persas e foi destruída, findando a escola de Mileto.
Tales é o marco inicial da filosofia ocidental. Nasceu em Mileto, antiga colônia grega, por volta de 624 ou 625 a.C. e faleceu aproximadamente em 556 ou 558 a.C. Pouco se sabe a seu respeito, mas a imagem que ficou sobre sua figura é a do observador da natureza que acha soluções geniais para tudo, um filósofo tão perdido em suas próprias reflexões, que é incapaz de encarar as coisas banais do cotidiano. De seu pensamento, são encontrados apenas pedaços de obras de Anaximandro e Anaxímenes, nas quais os dois buscam respostas diferentes para os problemas propostos por Tales.
Os três pensadores tinham um dilema infernal, queriam descobrir qual seria o princípio da vida e cada um encontrou uma resposta diferente. Para Tales, o princípio de tudo era a água. Já Anaximandro acreditava ser o princípio inicial de tudo o "infinito". Enfim, Anaxímenes dizia que tudo vinha do ar. Como dito acima, apesar destas teorias parecerem simples demais hoje em dia, sua importância foi o pioneirismo em deixar de lado as soluções mítico-fantásticas e propor respostas baseadas no racional.
Referências:
Nicola, Ubaldo. Antologia Ilustrada de Filosofia: Das origens à idade moderna. São Paulo: Editora Globo, 2005.
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