O que estuda a Filosofia sobre o Ceticismo Moral
Ceticismo Moral é uma categoria teórica do que se estuda como metaética.
Dentre as discussões filosóficas existentes, uma das que mais ganha destaque e que é mais recorrente é a ética. Ela é assunto desde o surgimento da Filosofia e sempre muito utilizada para criar referenciais de existência no mundo e sustentar argumentos. No entanto, para ser mais específico, ela se divide em outros três ramos: ética aplicada, ética normativa e metaética. Recentemente, a metaética tem recebido crescente atenção dos filósofos acadêmicos. Ela é o ramo da ética que procura entender a natureza das propriedades éticas, dos enunciados, das atitudes e dos juízos. De forma mais clara, a metaética questiona as razões da ética, levantando questões sobre o que é o bem e como definir o que é bom ou mau, por exemplo.
O Ceticismo Moral aparece como uma das categorias teóricas da metaética defendendo a concepção de que não existe conhecimento moral, pois este seria impossível. Porém, por sua vez, o Ceticismo Moral também está dividido em outras três classes: teoria moral do erro, ceticismo moral epistemológico e não cognitivismo. Para os defensores da primeira classe, nós não sabemos que qualquer afirmação moral é verdadeira porque a natureza das afirmações morais é falsa ou tende a ser falsa sempre.
Os moralistas epistemológicos céticos argumentam que não temos justificativas para acreditar em qualquer proposição moral, embora não diga que elas sejam falsas. Já o não cognitivismo defende que não temos conhecimento para sustentar que os enunciados morais são verdadeiros, pois eles não são verdadeiros ou falsos e seria mais adequada a divisão entre imperativos, expressões de emoção ou expressões de atitude alternativa.
Seja como for, o Ceticismo Moral em qualquer uma das suas classes, sua conclusão é de que nós nunca somos justificados em acreditar que as afirmações morais são verdadeiras ou mesmo que nós nunca sabemos efetivamente se uma afirmação moral é verdadeira. Assim, o Ceticismo Moral é adversário do Realismo Moral, o qual sustenta a ideia de que existem conhecimentos morais que são independentes de nossas mentes, sendo objetivos e verdadeiros. Este debate ganhou repercussão entre filósofos nos últimos anos e últimas décadas, entre os principais de defensores do Ceticismo Moral, em alguma de suas formas, estão: David Hume, Friedrich Nietzche, Michael Ruse e James Flynn.
Nenhum comentário:
Postar um comentário