Língua Portuguesa: O que é Complemento Oblíquo
O complemento oblíquo é um tipo de complemento verbal de presença obrigatória na construção dos enunciados. Pode ser representado por um “grupo preposicional”, isto é, uma unidade linguística introduzida por uma preposição; ou por um “grupo adverbial”, ou seja, uma sequência linguística com função adverbial na oração.
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Em prosseguimento, propõe-se a observação atenta dos complementos oblíquos na composição destas sentenças:
a) "Em um sábado abafadiço de verão, Júlia foi à praia na companhia das amigas".
Repare que o verbo “foi” necessita de complemento. Imagine se fosse dito apenas “Em um sábado abafadiço de verão, Júlia foi.”. Mas, aonde? Afinal, quem foi, foi a algum lugar. O verbo “foi” oferece inúmeras possibilidades de complementação, visto que há uma infinidade de lugares ou eventos. Foi à igreja? Ao clube? Ao baile?... Nessa instância, é imprescindível a especificação do referido verbo para que o enunciado possa ser entendido. Perceba, então, que “à praia” completa o sentido do verbo “foi”, por intermédio da preposição “a”, que se encontra subentendida pela ocorrência da crase (fusão da preposição “a” com o artigo “a”, formando “à”). Nesse caso, “à praia” consiste em um “grupo preposicional”.
b) "A piedosa senhora mora naquela imponente fazenda."
Integra a oração, exposta acima, o verbo “mora”, cujo significado não basta por si só. Visualize o enunciado sem o complemento: “A piedosa senhora mora.”. Mas, mora onde? Por isso, houve a necessidade da especificação de lugar exigida pelo verbo “mora”. Nesse cenário, “naquela imponente fazenda” corresponde a um “grupo adverbial”.
Cabe ressaltar a distinção entre o complemento oblíquo e o modificador. Compare com atenção:
- "Aquele palestrante se expressa bem."
Note que o verbo “expressa”, que integra a primeira oração, exige que a sua ideia seja complementada, pois quem se expressa, o faz de determinada maneira. Aquele palestrante se expressa de que modo? Mal? Ruidosamente? Alegremente? Firmemente? ... Existem variadas possibilidades concernentes ao modo de alguém se expressar. Por isso, o complemento “bem” foi empregado para a obrigatória especificação da ação verbal. Em contrapartida, na segunda oração, constate que o termo “cuidadosamente” foi inserido, após o verbo “preparavam”, para indicar a circunstância em que ocorreu a ação. Por isso, funciona como “modificador” e, não, como “complemento”, já que a sua ausência não comprometeria o entendimento do enunciado, veja: “Os dançarinos preparavam a coreografia a ser apresentada.”.
Para encerrar: O complemento oblíquo integra determinados predicados para completar o significado verbal. Pode ser representado pelo grupo “preposicional” (unidade linguística introduzida por uma preposição) ou pelo grupo “adverbial” (sequência linguística com valor adverbial).
a) "Em um sábado abafadiço de verão, Júlia foi à praia na companhia das amigas".
Repare que o verbo “foi” necessita de complemento. Imagine se fosse dito apenas “Em um sábado abafadiço de verão, Júlia foi.”. Mas, aonde? Afinal, quem foi, foi a algum lugar. O verbo “foi” oferece inúmeras possibilidades de complementação, visto que há uma infinidade de lugares ou eventos. Foi à igreja? Ao clube? Ao baile?... Nessa instância, é imprescindível a especificação do referido verbo para que o enunciado possa ser entendido. Perceba, então, que “à praia” completa o sentido do verbo “foi”, por intermédio da preposição “a”, que se encontra subentendida pela ocorrência da crase (fusão da preposição “a” com o artigo “a”, formando “à”). Nesse caso, “à praia” consiste em um “grupo preposicional”.
b) "A piedosa senhora mora naquela imponente fazenda."
Integra a oração, exposta acima, o verbo “mora”, cujo significado não basta por si só. Visualize o enunciado sem o complemento: “A piedosa senhora mora.”. Mas, mora onde? Por isso, houve a necessidade da especificação de lugar exigida pelo verbo “mora”. Nesse cenário, “naquela imponente fazenda” corresponde a um “grupo adverbial”.
Cabe ressaltar a distinção entre o complemento oblíquo e o modificador. Compare com atenção:
- "Aquele palestrante se expressa bem."
- "Os dançarinos preparavam, cuidadosamente, a coreografia a ser apresentada."
Note que o verbo “expressa”, que integra a primeira oração, exige que a sua ideia seja complementada, pois quem se expressa, o faz de determinada maneira. Aquele palestrante se expressa de que modo? Mal? Ruidosamente? Alegremente? Firmemente? ... Existem variadas possibilidades concernentes ao modo de alguém se expressar. Por isso, o complemento “bem” foi empregado para a obrigatória especificação da ação verbal. Em contrapartida, na segunda oração, constate que o termo “cuidadosamente” foi inserido, após o verbo “preparavam”, para indicar a circunstância em que ocorreu a ação. Por isso, funciona como “modificador” e, não, como “complemento”, já que a sua ausência não comprometeria o entendimento do enunciado, veja: “Os dançarinos preparavam a coreografia a ser apresentada.”.
Para encerrar: O complemento oblíquo integra determinados predicados para completar o significado verbal. Pode ser representado pelo grupo “preposicional” (unidade linguística introduzida por uma preposição) ou pelo grupo “adverbial” (sequência linguística com valor adverbial).
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